Não vou contra meus princípios. Em contrapartida, você saberá me manipular ao ponto de me fazer acreditar que aquilo não é mesmo tão errado, se você souber ser persuasivo. Porém, se eu perceber que você está fazendo isso - e eu sou muito perceptiva apesar de meio boba, às vezes -, você só vai amarrar os meus pés nos meus princípios tão infincados.
Se eu não quero, eu não quero. E basta. Não insista. Não pode desistir de imediato também. Tem que ter persistência. Ao menos o suficiente para mostrar que tem força de vontade. Mas não insista.
Me magoo fácil. Sou emotiva demais. Contudo, não consigo demonstrar isso muito bem. Pareço indiferente na maior parte das coisas, porque me nego a incomodar alguém com os meus problemas. Gosto de resolver os problemas das pessoas, mas me frusto quando elas parecem não querer se resolver.
Não me apaixono fácil, mas não consigo me apaixonar com um pé atrás. É sempre um pé a frente e, se bobear, até salto alguns metros. Não amo pela metade, não me entrego pela metade, não consigo agir com indiferença quando o que eu quero é estar junto. Não consigo me conter quando o que quero é ser espontânea. Não me sinto inteira se não me dão brechas. Não consigo ficar longe quando o que eu quero é estar perto. Não consigo calar quando quero falar, evitar quando quero sentir. Desviar quando quero encontrar.
E se eu não consigo alcançar, eu recuo. Eu sinto medo, eu perco a coragem, eu me afasto, calo, evito, desvio. Porque a outra metade ainda não se adaptou a mim. Eu, então, amo pela metade. Fico no meio termo. Vou contra meus princípios.
E se amo pela metade, não amo, porque não há meio termo para mim. Sou extremista. Sou inteira.
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