sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Carta de um jornalista amargurado ( I )

Carta de um jornalista amargurado I

Prezado leitor;

A minha intenção ao escrever esta carta, é aliviar o sofrimento que preenche cada espaço vazio no meu coração. É contar pra você, que acordou hoje cedo e ligou o computador, sem saber que encontraria uma matéria escrita por alguém tão sentimental como eu, o que me torna um ser tão inconpreendido e amargurado nesta vida.

Sou uma pessoa horrível. Ou, pelo menos, é o que me fazem sentir. Detesto falsidade e é por isso que digo sempre a verdade, sem travas na língua. Oh, se me deixam de mau humor! Estrago o dia de qualquer um que aparecer na minha frente. Mas o problema maior, meu amável leitor, você não pode nem imaginar! É algo tão perverso e deplorável que se não estiver sentado agora poderá sofrer um grave dano cerebral ao bater com a cabeça no chão, ou talvez o quadril, dependendo muito do ângulo em que decidir cair. Preparado? Pois bem:

Passei quase vinte por cento da minha vida esperando que algo mudasse, esperando ser feliz... Mas depois de pensar de finalmente meu sofrimento teria fim, depois de enxer-me de espectativa após três longos anos de vida, tudo desandou. Descobri que o que eu considerava como o meu alicerce e minha força para continuar lutando não passava de mais um alarme falso. Não passava de mais um sonho bobo de adolescente, como o de uma criança que vive 365 dias esperando a volta do papai noel. Esperando um novo motivo para sorrir...

Tenho que assumir, meu amigo, que o motivo dessas lágrimas que escorrem dos meus olhos tão desamparados e borram cada letra do que eu lhes confidencío, é a minha ilusão de acreditar que a tempestade lá fora caí, cada vez mais, cada dia mais, mas que logo o arco-íris aparecerá e aquecerá meu coração...

O cruel não é você saber que a felicidade resolveu pular a sua casa antes que ela aparecesse no seu bairro. O mais cruel, meu amigo, é você escutá-la bater na casa de baixo, e escutá-la bater na casa de cima...

Acredito que você, meu leitor, por tão inteligente que é, já deve ter entendido qual é o meu pior defeito, não? O quê? Não mesmo? Ah, mas isso não é problema, o meu trabalho hoje é informar todas as notícias e fofocas que passam do meu coração para o cérebro e do cérebro ao meu coração...

Sou carente. Incompreendido. Sonhador... Sempre acredito quando me dizem que a plataforma 9 e 10 deixou de ser sólida e virou um portal para o "Expresso de Hogwarts", vou lá, cheio de esperanças de me encontrar em um mundo mágico onde encontrarei-me com amigos leais que finalmente vão me compreender, e dou de cara com tijolos extremamente duros que machucam até o interior mais escondido do meu coração tão machucado...

Meu trabalho está completo. Posso apenas expremer mais algumas palavras atnes de encerrar o meu expediente. Chamaria de conselho se fosse dado por uma pessoa sábia, mas como sou eu mesmo, chamarei apenas de uma:

Observação: Não seja alguém tão ignorante como eu para não assumir que Deus lhe deu uma vida para ser vivida e uma fé para ser expressada em todas as situações de angústia e carência... Muito menos reclame à Ele por VOCÊ não ter aprendido a esperar o SEU momento e a não ter dado valor aos amigos que Ele te proporcionou.

Fonte: Paula Renata Milani,
19/02/2006
9:18

Srta. Mily.

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