Carta de um jornalista amargurado II ( se vc não leu a um, desse um pouquinho e lê a de baixo antes)
Prezado leitor;
Aqui estou eu novamente; carente, incompreendido, sonhador... Trago-vos uma notícia trágica como as que estão acostumados a ver aqui: Se tivesse o direito à uma manchete, esta seria:
"Um acidente no trânsito quase leva um rapaz e o coração de uma jovem."
Uma jovem que ama, que sente, que sofre.
Meus amigos, todos vocês sabem o quanto o trânsito é perigoso e como trajédias como essa são comuns. Sabem quantas vidas são perdidas por descuidos. Entendem como é necessário a segurança e atenção.Mas não sabem, não entendem, não imaginam o quando dói no peito de quem ama. De quem sente.
De quem sofre.
Meu querido leitor, por ser meu amigo, talvez compreenda. Talvez sinta, talvez saiba. Talvez imagine.
Talvez.
Mas, sem dúvida, não compreende, não sente, não sabe, nem imagina o que é ter o coração apertado a ponto de querer que tudo se apague, que a escuridão se faça em seus olhos e os braços macios e aconchegantes de um sono profundo e sem volta venha te abraçar e te levar a um novo lugar, a um novo mundo.
Um mundo que não tenha lágrimas, que não tenha dor, que arranque os seus receios e te abençõe com o fim.Tudo para que a consciência não desperte, para que a realidade não caía sobre a sua cabeça e você seja obrigado a compreender que sua fonte de vida não derrama mais uma gota de água para você.
Que aquele buraco em seu coração vai continuar aberto por não ter alguém que se dedique a fechar.
Que não há ninguém para lhe dar o colo que precisa, afagar os seus cabelos, dizer e repetir apenas que tudo vai ficar bem, porque simplesmetne os olhos se fecham pra você quando precisam enxergar a solidão nos seus.
Que por mais que tente, por mais que espere, ninguém pularia na sua frente se um Voldemort lhe apontasse a varinha. Chorariam, depois, talvez, por alguém que nunca conheceram o bastante para saberem da dos que lhe corroía e daquelas lágrimas que sempre manchavam o seu travesseiro na calada da noite. Pegariam um lenço, deixariam uma rosa, dariam meia-volta e seguiriam suas vidas. Sua presença, sua imagem, seus ideais aos poucos seriam enterrados juntos com o seu corpo. E seu nome, o seu eu se tornaria uma lenda. Apenas alguém que existiu.
A realidade dói. E não há dor maior do que saber que todo o carinho que você dá, que todo o amor que você demonstrou por toda a sua vida, não lhe é retribuído na hora que você mais precisa. Que você não importa tanto para aqueles que lhe são importantes. Que você não é tão amado quando ama. Que a sua dor não comove.
E que nas horas mais obscuras da sua vida alguém vai te abandonar e, surpresa! Ninguém mais era do que aquela que você tanto amava!
O que fazer nessas horas? Chorar? Sim, você vai chorar.
Sofrer? Sim, você vai sofrer.
Erguer a cabeça e continuar seguindo? Se tiver ajuda, pode conseguir.
Olhe no espelho e repita o que sempre dizemos:
"Vai passar, vai melhorar, vou superar."
Repita por horas a fio e, quem sabe, você pode acabar se convencendo.
E nunca deixe-se sucumbir a dor, pois um dia você supera.
Você sempre supera.
11/02/2008
Paula Renata Milani.
paula_renata_milani@hotmail.com
Srta. Mily.
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
Carta de um jornalista amargurado ( I )
Carta de um jornalista amargurado I
Prezado leitor;
A minha intenção ao escrever esta carta, é aliviar o sofrimento que preenche cada espaço vazio no meu coração. É contar pra você, que acordou hoje cedo e ligou o computador, sem saber que encontraria uma matéria escrita por alguém tão sentimental como eu, o que me torna um ser tão inconpreendido e amargurado nesta vida.
Sou uma pessoa horrível. Ou, pelo menos, é o que me fazem sentir. Detesto falsidade e é por isso que digo sempre a verdade, sem travas na língua. Oh, se me deixam de mau humor! Estrago o dia de qualquer um que aparecer na minha frente. Mas o problema maior, meu amável leitor, você não pode nem imaginar! É algo tão perverso e deplorável que se não estiver sentado agora poderá sofrer um grave dano cerebral ao bater com a cabeça no chão, ou talvez o quadril, dependendo muito do ângulo em que decidir cair. Preparado? Pois bem:
Passei quase vinte por cento da minha vida esperando que algo mudasse, esperando ser feliz... Mas depois de pensar de finalmente meu sofrimento teria fim, depois de enxer-me de espectativa após três longos anos de vida, tudo desandou. Descobri que o que eu considerava como o meu alicerce e minha força para continuar lutando não passava de mais um alarme falso. Não passava de mais um sonho bobo de adolescente, como o de uma criança que vive 365 dias esperando a volta do papai noel. Esperando um novo motivo para sorrir...
Tenho que assumir, meu amigo, que o motivo dessas lágrimas que escorrem dos meus olhos tão desamparados e borram cada letra do que eu lhes confidencío, é a minha ilusão de acreditar que a tempestade lá fora caí, cada vez mais, cada dia mais, mas que logo o arco-íris aparecerá e aquecerá meu coração...
O cruel não é você saber que a felicidade resolveu pular a sua casa antes que ela aparecesse no seu bairro. O mais cruel, meu amigo, é você escutá-la bater na casa de baixo, e escutá-la bater na casa de cima...
Acredito que você, meu leitor, por tão inteligente que é, já deve ter entendido qual é o meu pior defeito, não? O quê? Não mesmo? Ah, mas isso não é problema, o meu trabalho hoje é informar todas as notícias e fofocas que passam do meu coração para o cérebro e do cérebro ao meu coração...
Sou carente. Incompreendido. Sonhador... Sempre acredito quando me dizem que a plataforma 9 e 10 deixou de ser sólida e virou um portal para o "Expresso de Hogwarts", vou lá, cheio de esperanças de me encontrar em um mundo mágico onde encontrarei-me com amigos leais que finalmente vão me compreender, e dou de cara com tijolos extremamente duros que machucam até o interior mais escondido do meu coração tão machucado...
Meu trabalho está completo. Posso apenas expremer mais algumas palavras atnes de encerrar o meu expediente. Chamaria de conselho se fosse dado por uma pessoa sábia, mas como sou eu mesmo, chamarei apenas de uma:
Observação: Não seja alguém tão ignorante como eu para não assumir que Deus lhe deu uma vida para ser vivida e uma fé para ser expressada em todas as situações de angústia e carência... Muito menos reclame à Ele por VOCÊ não ter aprendido a esperar o SEU momento e a não ter dado valor aos amigos que Ele te proporcionou.
Fonte: Paula Renata Milani,
19/02/2006
9:18
Srta. Mily.
Prezado leitor;
A minha intenção ao escrever esta carta, é aliviar o sofrimento que preenche cada espaço vazio no meu coração. É contar pra você, que acordou hoje cedo e ligou o computador, sem saber que encontraria uma matéria escrita por alguém tão sentimental como eu, o que me torna um ser tão inconpreendido e amargurado nesta vida.
Sou uma pessoa horrível. Ou, pelo menos, é o que me fazem sentir. Detesto falsidade e é por isso que digo sempre a verdade, sem travas na língua. Oh, se me deixam de mau humor! Estrago o dia de qualquer um que aparecer na minha frente. Mas o problema maior, meu amável leitor, você não pode nem imaginar! É algo tão perverso e deplorável que se não estiver sentado agora poderá sofrer um grave dano cerebral ao bater com a cabeça no chão, ou talvez o quadril, dependendo muito do ângulo em que decidir cair. Preparado? Pois bem:
Passei quase vinte por cento da minha vida esperando que algo mudasse, esperando ser feliz... Mas depois de pensar de finalmente meu sofrimento teria fim, depois de enxer-me de espectativa após três longos anos de vida, tudo desandou. Descobri que o que eu considerava como o meu alicerce e minha força para continuar lutando não passava de mais um alarme falso. Não passava de mais um sonho bobo de adolescente, como o de uma criança que vive 365 dias esperando a volta do papai noel. Esperando um novo motivo para sorrir...
Tenho que assumir, meu amigo, que o motivo dessas lágrimas que escorrem dos meus olhos tão desamparados e borram cada letra do que eu lhes confidencío, é a minha ilusão de acreditar que a tempestade lá fora caí, cada vez mais, cada dia mais, mas que logo o arco-íris aparecerá e aquecerá meu coração...
O cruel não é você saber que a felicidade resolveu pular a sua casa antes que ela aparecesse no seu bairro. O mais cruel, meu amigo, é você escutá-la bater na casa de baixo, e escutá-la bater na casa de cima...
Acredito que você, meu leitor, por tão inteligente que é, já deve ter entendido qual é o meu pior defeito, não? O quê? Não mesmo? Ah, mas isso não é problema, o meu trabalho hoje é informar todas as notícias e fofocas que passam do meu coração para o cérebro e do cérebro ao meu coração...
Sou carente. Incompreendido. Sonhador... Sempre acredito quando me dizem que a plataforma 9 e 10 deixou de ser sólida e virou um portal para o "Expresso de Hogwarts", vou lá, cheio de esperanças de me encontrar em um mundo mágico onde encontrarei-me com amigos leais que finalmente vão me compreender, e dou de cara com tijolos extremamente duros que machucam até o interior mais escondido do meu coração tão machucado...
Meu trabalho está completo. Posso apenas expremer mais algumas palavras atnes de encerrar o meu expediente. Chamaria de conselho se fosse dado por uma pessoa sábia, mas como sou eu mesmo, chamarei apenas de uma:
Observação: Não seja alguém tão ignorante como eu para não assumir que Deus lhe deu uma vida para ser vivida e uma fé para ser expressada em todas as situações de angústia e carência... Muito menos reclame à Ele por VOCÊ não ter aprendido a esperar o SEU momento e a não ter dado valor aos amigos que Ele te proporcionou.
Fonte: Paula Renata Milani,
19/02/2006
9:18
Srta. Mily.
Assinar:
Comentários (Atom)