Gosto de tudo que é Re. Tudo que é dobrado, multiplicado e aumentado.
O Re é um encontro casual de sensações. E melhor que um encontro casual, só mesmo um reencontro.
Acho que o Re é igual um coração de mãe. Tanta coisa cabe no Re. Cabe saudade. Cabe nostalgia. Cabe a sensação de um passado que existiu além das fotografias. Cabe um sorriso mais amplo no rosto pelo resto do dia. E tudo em duas letrinhas!
Ultimamente tenho reencontrado tanta gente. Gente que eu não queria ver, gente que eu não queria ter que reencontrar, mas encontrar, já que o Re também pode significar uma segunda tentativa porque a primeira falhou. Gente que engordou, gente que envelheceu, gente que mudou. Criou espinhas, criou umas rugas, criou até alguns filhos. Gente de tudo quanto é tipo, de todo quanto é tamanho. Gente que sabe o que quer, gente que ainda não se decidiu. Gente que trabalha e estuda, e gente que ainda tem vida social.
Reencontrei uma professora do fundamental que diz se lembrar de mim. Reencontrei gente que já me ajudou muito, e que hoje não ajuda mais. Reencontrei gente que não me ajudava, e que hoje já mudou de ideia. Reencontrei um amigo que virou namorado que virou ex e virou amigo de novo tão depressa que eu mal tive tempo de contar por quantos Res nós passamos. Reencontrei um amor que me fez reapaixonar. Rebateu meu coração revezes mais reápido. Reconfundiu meus rensamentos, reilusões e reesperanças. Re, re, re. Refez minhas dúvidas. Re. Lembranças. Re, Re. Avivou, conquistou. Re, confundiu. Expectativas. Meus planejares, meus contas de faz. Re. Bagunçou.
Reencontrei amigos, reencontrei os ex amigos e reamigos. Reencontrei o passado, o presente, e reencontrei também os vestígios do futuro, que se refaz a toda hora. Reencontrei o amor.
Só não reencontrei o juízo, porque preciso encontrá-lo primeiro.